5.19.2013

Fundos de pensões: mais uma "swapada" tuga sem responsáveis

A segurança social tem jogado - e perdido - mais de 3 mil milhões de euros em produtos tóxicos em paraísos fiscais. Depois dizem que não há dinheiro para as pensões...!



Quando agora se pretende tirar aos reformados uma percentagem das suas pensões e reformas, rendimentos esses legitimamente expectáveis porque descontados durante uma vida inteira de trabalho, é preciso perguntar o que aconteceu aos fundos da banca e dos CTT-TLP, mais tarde PT, e também onde foram investidos os fundos das pensões ao longo dos últimos anos. 

Porque bem sabemos que, pelas últimas contas que vieram a público, já se tinha perdido qualquer coisa como 3 mil milhões de euros em produtos tóxicos de investimento de alto risco. Quer dizer: o estado tem sucessivamente "jogado" e perdido, nos mega casinos dos paraísos fiscais, o dinheiro dos fundos de pensões, dos quais já desapareceu um terço do montante existente actualmente e que é de cerca de 11 mil milhões de euros. 

E eu, pessoalmente, não acredito que exista realmente nem sequer um décimo disso. Portanto há que apurar quem jogou - e não devia ter jogado - com o dinheiro dos contribuintes portugueses, em mais uma "swapada" tuga pela qual, como sempre, não há responsáveis. 

As reformas e as pensões


Comparar o ordenado
de um juiz ao de um ladrão
para roubar na pensão
dos dois... é descarado!

Aquele a quem pensar falta
vai dar o mesmo valor
ao trabalho do astronauta
como ao do varredor.

E por isso não percebe
que quem descontou milhões
de forma nenhuma deve
ser roubado nas pensões.






As pensões e as reformas
são dinheiro retirado
a quem, por múltiplas formas
dele foi sendo privado

Para quê? Pra garantir
uma velhice serena!
Nunca imaginou sentir
que o ladrão-estado o depena.

Seja público ou privado
o trabalho, ininterrupto
de décadas, é roubado
por um estado corrupto.

Há que lutar e mostrar
aos miúdos que lá estão
que 3 milhões a votar
bem que os atiram ao chão.

JT 13/05/2013

Assim se fala MAU Português


Um novo dialecto está a ser introduzido subrepticiamente nas TVs de canal aberto. Ao suprimirem as preposições DE e EM, os jornalistas já dão mais pontapés na gramática, por hora, do que Portas consegue mentir a Coelho. E ao País. E a ambos. 

 

 

 

 


Este repórter fala numa língua própria, omitindo as preposições que são imprescindíveis para colocar o receptor no local ou no tempo da narrativa. No meu tempo denominavam-se complementos circunstanciais de modo ou de lugar. 

Já deve ter mudado 600 vezes de nome, mas a função mantem-se. Sem elas (as preposições), as frases não fazem sentido. 

Ex: "Os quartos QUE os jogadores descansam" não faz sentido. Tem que ser: "Os quartos EM QUE os jogadores descansam" ou "os quartos NOS QUAIS os jogadores descansam". 
Ex: "Hotel construído no mesmo ano QUE o Benfica ganhou a taça" não faz sentido. Tem que ser "Hotel construído no mesmo ano EM QUE o Benfica ganhou a taça". 
Ex: "A música que tu gostas" não faz sentido. Tem que ser: "a música DE QUE tu gostas". As preposições EM e DE são de emprego obrigatório para situar o receptor no modo, no tempo ou no lugar. 

Também se usam diariamente, no jornalismo televisivo, construções deselegantes e mesmo ERRADAS como: "...para que os jogadores POSSAM fazer esquecer a desilusão de sábado e ENTRAREM nesta final..." Deve ser: "...para que os jogadores POSSAM fazer esquecer a desilusão de sábado e (possam) ENTRAR nesta final..." 

Assim, com esta qualidade linguística nas TVs em canal aberto, a única coisa que se difunde é o erro e a iliteracia.