4.19.2013

Resolver as coisas à portuguesa vs à americana

Em Portugal os problemas e os escândalos resolvem-se por recurso aos Tribunais.
Não, não é através das sentenças: é das prescrições.
O que não prescreve é absolvido. Claro que de quando em vez condena-se um desgraçado que já não tenha mais papel - leia-se mais umas dezenas de milhares - para continuar a dar aos advogados mediáticos. Como no caso da Casa Pia.
Mas essas excepções apenas confirmam a regra. Que se reconfirma a cada ano que passa.

Nos EUA os problemas resolvem-se de outra forma. Tem que se arranjar IMEDIATAMENTE um bode expiatório para o que de mau acontece. Esse bode é morto em pouco tempo - de preferência no mesmo dia - que é para que não haja contradições e coisas mal explicadas. Aprenderam isso com o caso JFK. O presumivel assassino Lee Harvey Oswald foi morto antes de poder falar por um outro assassino, Jack Ruby. Este verdadeiro. Que acabou morto na prisão antes de se saber por que diabo o real matou o presumível.

Hoje aconteceu o mesmo. Há dias que venho "adivinhado" e naturalmente comentando com os meus amigos o desfecho agora mais uma vez produzido.
Atentado em Boston? Quem foi? Quem foi? Não se sabe.
Ó diabo: temos 24 horas para apanharmos um tipo qualquer.
Recurso às imagens das câmaras e os que parecerem suspeitos são os terroristas. Mesmo que as célebres panelas de pressão - dadas como constituindo os corpos das bombas - não caibam nessas mochilas.
Mas também já ninguém se lembra da teses das panelas, por isso...

Um morreu e outro também há-de aparecer morto. E assim - de uma forma muito diversa da portuguesa - fica igualmente o problema resolvido.

Quem se fica a rir é quem colocou as bombas, mesmo.