1.15.2007

A Câmara de Seia gasta milhares no cine-moscas e quem aproveita a publicidade disso são os outros. Será proibido falar em Seia na comunicação social?

Há qualquer coisa de errado com a comunicação social que se desloca a estas regiões, quaisquer que sejam os motivos que as cá traz.
É que nunca se refere o nome de Seia, mesmo quando as peças jornalísticas a ela se referem, cá são feitas e daqui emitidas.
Dois últimos exemplos: no telejornal que foi editado das pistas de ski no dia 29 de Dezembro nunca se falou de Seia. Apenas se nomearam as pistas de Loriga (concelho de Seia) sem a Seia alguém se ter referido.
Enviei uma mensagem, nesse sentido, em tempo real ao Jorge Esteves, o jornalista da RTP1 que estava a fazer as entrevistas, que amavelmente me respondeu no dia seguinte referindo que, na sua opinião, «esse tipo de bairrismo não é benéfico para a Serra».

Mas a verdade é que eu não vejo nisto bairrismo nenhum.
Em Seia não vejo ninguém queixar-se disso publicamente, para além de mim...

Se se passa a vida - e muito bem - a falar em Manteigas, na Covilhã, e até - pasme-se! - em Castelo Branco (onde estão situados os serviços de coordenação dos bombeiros na Torre !!!!), porque é que não se há-de falar igualmente na nossa Terra, que está muito mais próxima da torre do que a Covilhã, Guarda, ou Castelo Branco?
Onde está o bairrismo?
Agora o que eu vejo é entrevistas feitas no Museu do Pão onde nem sequer o proprietário se lembra de falar no nome da sua Terra!!!
Nervosismo?
Pode ser.
Mas que raio!
Haverá alguma maldição com o nome de Seia???

Agora, na cobertura jornalística desta indignidade que é o pseudo-documentário «Ainda há grunhos?», veja-se o tratamento que a Kaminhos (da Covilhã) dá a Seia e à Cine- Moscas:
O documentário/reportagem foi galardoado, em Outubro, com o prémio Lusofonia e uma menção honrosa do Júri da Juventude na última edição do Cine’Eco, Festival de Cinema de Ambiente da Serra da Estrela. Depois de Gouveia, o filme será exibido na quarta-feira no pequeno auditório do Teatro Municipal da Guarda e dia 24 na Cinemateca Portuguesa, em Lisboa.

Ou seja, nem sequer se diz que o Cine-Moscas é feito em SEIA!
Diz-que é na Serra da Estrela! E omite-se o nome de Seia para logo a seguir se falar em Gouveia.

Ó sr Presidente da Câmara: veja aqui que rico investimento o sr tem feito no Cine-Moscas! O sr gasta o dinheiro e quem recebe a publicidade...são os outros!
E esta, hein?
Continue a investir! E mais ainda!...