1.02.2004

OS NOVOS EMPRESÁRIOS PORTUGUESES TÊM MENOS QUE O 8º ANO DE ESCOLARIDADE

Os estudos tiveram como base a análise dos dados dos quadros de pessoal referente ao período compreendido entre 1991 e 2000, portanto abrange um período suficientemente longo para se poderem tirar conclusões válidas, por um lado, e, por outro lado, diz respeito a um período recente portanto essas conclusões continuam a ser válidas no momento actual e a reflectir a realidade empresarial portuguesa.
Assim, de acordo com as conclusões de um desses estudos que tem o titulo “Indicadores de Empreendedorismo e Inovação” em Portugal, os novos patrões portugueses que apareceram no período 1991-2000 “em termos de escolaridade, apresentam uma média de 7,7 anos de escolaridade” portanto uma escolaridade manifestamente insuficiente para poder responder aos desafios que as empresas enfrentam no mundo actual. Por outro lado, é evidente que se os novos patrões da última década do século XX possuíam em média uma escolaridade tão baixa– menos de 8 anos de escolaridade – então é legitimo concluir que a média de escolaridade dos antigos patrões portugueses, isto é, dos que ascenderam à classe de empresários antes de 1991 é ainda mais baixa, o que não deixa de ser extremamente grave e dá bem uma ideia da dimensão dos problemas existentes neste campo.
Outra característica importante dos novos patrões portugueses também revelada pelo mesmo estudo, que define bem o seu perfil psicológico, é que embora a maioria possuísse baixa escolaridade e baixas qualificações profissionais antes de serem patrões, logo que ascendem à classe de empresários autoclassificam-se como “quadros superiores” aparecendo nos quadros de pessoal das empresas incluídos em tal categoria.
É fácil de compreender que com patrões com o nível de escolaridade baixo referido anteriormente e com aumento de qualificações obtidos desta forma é difícil ou mesmo quase impossível recuperar o atraso em que o País se encontra. E isto porque a esmagadora maioria deles não possui as competências necessárias quer para enfrentar com êxito os desafios de uma concorrência cada vez mais global quer para introduzir novos produtos, novos processos tecnológicos, novas formas de organização do trabalho e novas formas de distribuição.
in «Os cães ladram e a caravana passa»

Reconstruir a ruína da Justiça Portuguesa

O problema da Justiça está, definitivamente, diagnosticado. Não está resolvido, mas pelo menos nunca mais nenhum figurante de toga terá a coragem de tratar o povo como simples canídeo, enquanto se dobra em deferências perante os senhores do colarinho branco.
O primeiro passo está dado. A Casa Pia já permitiu expôr até à exaustão a aberração perfeitamente descricionária chamada Sistema Judicial Português.
Expô-lo e desacreditou-o. Porque não se podia perpetuar uma coisa destas num país que se diz de Direito, mas que De Facto demonstra todos os dias que o não é.
Cabe agora aos bons profissionais da Justiça reconstruir a ruína desmoronada.
Cabe aos cidadãos aceitarem o pedido de desculpas dos Bastonários Judiciais, pelo estado a que os seus agentes deixaram chegar a Justiça em Portugal.
Devem estes endereçá-lo publicamente, em nome daqueles cujo sacrifício nas barras dos Tribunais e nas prisões parece ter sido em vão.
E mais lhes cabe substituir, desde já, aquela emblemática e incomensurável soberba por uma nova atitude de dedicada humildade; acabar de demolir o pardieiro em que tristemente se movimentam, e começar HOJE MESMO a reconstruir o edifício da Nova Justiça Portuguesa.

A lógica das patacoadas dos juízes

3 horas não eram passadas desde o último escândalo da dupla Guerra/Teixeira e já um juiz desembargador com o ar mais alucinado do mundo se posicionava em frente às câmaras a defender o ex-colega.
Agora analisemos a lógica do raciocínio elaboradíssimo com que estes senhores chegam ao final de uma carreira brilhante (depois de terem condenado milhares de pessoas, sabe-se lá quantos inocentes, e de terem absolvido outros tantos criminosos):

afirmação 1: Uma carta anónima não constitui prova, em nenhum caso.

afirmação 2: Mas se o procurador a meter no lixo pode ser acusado de ocultar provas.

Então se a carta nunca é prova, como é que está a ocultar provas?
Bem: e isto é um Juiz dos mais cotados - cujo nome me recuso a repetir a bem da sanidade mental dos meus leitores.

Será possível que os Tribunais estejam entregues a gente desta????